25 janeiro 2011

Você sabe que está em São Paulo quando...


Paulistano ou não, não há como negar: a capital paulista é um caldeirão de identidades, com o melhor e o pior de inúmeros mundos. Mas mesmo em meio a essa mistura, a metrópole revela diversas particularidades ao longo de seus 457 anos, que fazem você se sentir em São Paulo. E não é preciso ir muito longe para notá-las. Começamos por alguns pontos de partida:

... Sei que estou em São Paulo quando entro em um restaurante qualquer na segunda-feira e o cardápio tem virada à paulista.

Pode ser naquele bar que serve o 'prato feito', pode ser em um restaurante mais caprichado. Se o dia é segunda-feira e você está em São Paulo, não vai precisar procurar muito para ter à mesa a combinação de tutu de feijão, farinha de milho, couve, arroz e bisteca de porco. Banana, linguiça e torresmo também não devem faltar no tradicional prato paulistano. Sua origem remonta ao interior do Estado -- deriva da culinária caipira, do índio e da roça. Veio para a capital com os bandeirantes. Através dos séculos, a refeição de 'sustento' dos primeiros desbravadores das terras paulistas se consolidou como um dos símbolos da cidade. Calorias à parte, vale a pedida.

... Quando consigo encontrar qualquer serviço. Até remendador de meia-calça.

Para os homens o problema pode parecer banal, mas quem é mulher sabe o que significa encontrar um furo ou desfiado na meia-calça. Por via de regra, o acessório estaria perdido. Mas, se você mora em São Paulo, pense duas vezes antes de jogar fora sua meia-calça preferida após um pequeno acidente. Desde 1947, o Bazar Gatinho, no bairro de Cerqueira César, oferece o serviço de remendo. A clientela é pouca, mas fiel. 'Em média, fazemos dez consertos por mês', afirma Catharina Moreira, funcionária da loja. 'As clientes consertam mais as meias importadas, que têm desenhos, ou aquelas antigas, feitas de algum material que não se usa mais. As mais baratinhas, não', diz. E o preço? 'Depende do furo e da quantidade de meias. Vai de R$ 30 a R$ 100.'

... Quando convivo com filas. Até na madrugada.

Sejamos francos: juntar as palavras 'São Paulo' e 'fila' na mesma frase soa como pleonasmo. Quem mora na cidade provavelmente já se acostumou a esperar minutos intermináveis para entrar no banco, no cinema, no posto de saúde... Mas que tal aguardar (em pé) para tomar um lanche em plena madrugada? É assim quase todas as noites na padaria Bella Paulista, na Consolação. Ou na Galeria dos Pães, no Jardim América. Destinos certos de quem sai dos points da noite ou de quem simplesmente quer comer um pão de queijo - ou pizza, ou doce ou sushi - no meio da madrugada, os locais estão sempre cheios. Na Bella Paulista, segundo os funcionários, as portas não baixam nem na noite de Natal. Nem o movimento.

... Quando vejo a cidade com mais alagamentos do que consigo contar desde... Desde quando?

Pelas fontes históricas, não é possível dizer quando São Paulo alagou pela primeira vez. Mas o primeiro registro fotográfico de uma inundação na cidade data de 1862. Foi feito por Militão Augusto de Azevedo, fotógrafo carioca radicado em São Paulo. A imagem retrata o antigo Caminho do Brás que, na época, era cortado pela Ponte do Carmo, Ponte do Meio e Ponte do Ferrão, terminando na Ladeira do Carmo. Toda essa região sofria com os alagamentos sempre que chuvas mais fortes enchiam o rio Tamanduateí - que ainda hoje volta a transbordar. Muito anos depois, tanto o caminho quanto a ladeira se tornariam a Avenida Rangel Pestana.

Fonte MSN

0 comentários:

Postar um comentário