04 fevereiro 2011

Conhece o Monza Ascona?





Um olhar desatento sobre este modelo pode levar o leitor a concluir que seja um Monza Classic comum. Mas não é. A grade com o símbolo da Opel, subsidiária da GM na Europa, os emblemas “Ascona” e “Luxus”, além de outros detalhes, no entanto, geram uma confusão natural. Que carro é esse?

A explicação é complexa, mas vale a pena, já que estamos falando de um raro modelo Monza Classic 1989, exportado para a Venezuela, e que foi totalmente caracterizado como Opel Ascona, modelo vendido no mercado alemão durante a década de 1980.

Nesta época, a GM do Brasil exportava o Monza para diversos países da América do Sul. Os maiores compradores eram Colômbia e Venezuela. O carro era montado no sistema CKD, a exceção dos vidros laterais e traseiro, que eram fabricados no país do destino.

No entanto, em 1989, a montadora avisou que deixaria de produzir o modelo nesta configuração, substituindo-o por um modelo mais moderno com nova carroceria. Na ocasião o mercado venezuelano começou a receber os novos modelos e 226 unidades antigas ficaram encalhadas nas concessionárias. Depois de algum tempo, a GM do Brasil repatriou o lote e o ofereceu no mercado brasileiro. Afinal o lote era composto apenas modelos top de linha equipados com cambio automático, injeção eletrônica (vendida na versão SE 500 E.F. no Brasil), bancos de couro, interior monocromático (marrom), além de um ajuste no diferencial e ausência do desembaçador traseiro, que no Brasil era de série.

O carro que o WebMotors mostra nessas fotos é um dos raríssimos Monza Classic que viajou para a Venezuela, e de lá foram devolvidos com status de carro importado para a GM do Brasil. No histórico do carro, um documento de importação comprova a origem.

Francisco Correa, proprietário do modelo, esclarece que após adquirir o Monza 1989 iniciou um projeto de caracterização para transformá-lo num Ascona. Por isso, adquiriu num site de leilões uma série de acessórios: emblemas, lanternas, grade, adesivos e alguns outros detalhes do modelo alemão. “Muita gente me pergunta - na rua e também nos encontros – ‘que carro é esse afinal’, e acredito que o resultado tenha sido muito satisfatório”, explica Correa que para finalizar a transformação, comprou manuais e fichas técnicas do modelo alemão, e as exibe nos encontros que participa. As placas importadas da Europa completam o visual desse carro que tem três raízes; brasileira, venezuelana e alemã.

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